sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Vergonha: Líder do governo defende salário de deputado igual ao de ministro do STF

17/11/2010 19h03 - Atualizado em 17/11/2010 21h29 - G1

Parlamentares recebem R$ 16,5 mil, e ministros do Supremo, R$ 26,7 mil.
Opinião é pessoal e governo não participará da discussão, diz Vaccarezza.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília
O líder do PT, Cândido Vaccarezza (SP) nesta quarta-feira (17) após reunião com o vice-presidente eleito e presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB) 
O líder do PT, Cândido Vaccarezza (SP)
nesta quarta-feira (17) após reunião
com o vice-presidente eleito, Michel
Temer (PMDB) (Foto: Wilson Dias/ABr)

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), defendeu nesta quarta-feira (17) uma equiparação dos salários dos deputados com os dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que é atualmente o teto do funcionalismo público. Vaccarezza ressaltou que sua posição é pessoal  e que o governo não vai participar da discussão.
Atualmente, o salário dos deputados e dos senadores está em R$ 16,5 mil, enquanto os ministros do STF recebem R$ 26,7 mil. Um projeto em tramitação no Congresso eleva o salário dos ministros para R$ 30,6 mil.
Vaccarezza afirma que o salário dos parlamentares é que deveria ser o teto constitucional. “Sei que vai dar problema, mas minha posição é conhecida. Eu sempre disse que o salário dos deputados deve ser o teto do funcionalismo”.
O líder do governo defende que para evitar um “efeito cascata” que se acabe com a vinculação entre os salários dos deputados federais com os dos deputados estaduais e vereadores. O mesmo, segundo ele, deveria ser feito no Judiciário.
Na visão de Vaccarezza, não haveria problema para os cofres da Câmara para pagar o aumento para os deputados federais. “A Câmara é um dos poucas instituições que não gasta todo seu Orçamento. Entre Executivo, Legislativo e Judiciário, os únicos que não gastam o Orçamento é a Câmara e talvez o Senado”.
O primeiro vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já afirmou que o tema está na pauta da Casa até o fim do ano. Geralmente cabe a uma legislatura fixar o salário da próxima. Maia defende a formação de uma comissão para discutir o valor adequado para o aumento.

Vergonha: Temer diz que admite aumento para deputados se despesa não crescer

18/11/2010 13h57 - Atualizado em 18/11/2010 14h53 - Fonte G1

Para ele, é 'razoavel' se houver forma de não afetar gasto total da Câmara.
Presidente da Casa disse ainda não ter tratado do assunto com 'ninguém'.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília

O presidente da Câmara e vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), admitiu nesta quinta-feira (18) um aumento de salário para os deputados a partir do próximo ano. A discussão sobre o reajuste está “na pauta” do Congresso, segundo já afirmou o vice-presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS).
Para Temer, o reajuste pode ser concedido, mas não pode gerar aumento de despesas. “Se houver uma forma que não gere aumento de despesa na Câmara dos Deputados, acho razoável”.

O presidente da Câmara se reuniu com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), nesta quinta, mas nega ter tratado do tema. “Eu ainda não tratei disso com ninguém”.
Nesta quarta-feira (17), o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), defendeu a equiparação dos salários dos parlamentares ao dos ministros do Supremo. Atualmente um deputado ganha R$ 16,5 mil, enquanto os ministros recebem R$ 26,7 mil. Um projeto em tramitação na Câmara aumenta os salários dos ministros para R$ 30,6 mil.
Blocão
Temer voltou a minimizar a formação de um blocão parlamentar na próxima legislatura comandado pelo PMDB. Ele reafirmou que não há problemas na relação entre o PMDB e o PT.
“Acho que deram muita ênfase para isto, especialmente tentando criar uma ideia de divergência entre PMDB e PT. Eu já disse e não quero ser repetitivo: não há divergência alguma”, disse Temer.
Ele destacou que os blocos só podem ser oficializados no início da próxima legislatura e que agora há apenas a intenção de os partidos se unirem.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Vazamento de Áudio da Reunião do Conselho Político. Vejam como riem de nós!

  Encontro de Conselho Político reúne líderes partidários no Congresso com o Presidente da República. A reunião trata de assuntos de interesse do Governo Federal no Congresso. É realizada a portas fechadas, em uma sala de audiência no terceiro andar do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete da Presidência.O sistema de som da sala estava aberto e o conteúdo da reunião vazou na sala de imprensa. Como sempre, Vaccarezza tramava não votar a nossa PEC 300. Comentou-se também sobre um risco muito grave de uma paralização nacional de policiais e bombeiros se a PEC 300 não for aprovada. 
  Aumente o volume do seu PC, áudio baixo!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Campanha de Dilma usou reajuste de PMs para fazer terrorismo contra Serra; agora, quer dar um beiço nos policiais

Sabem a tal PEC 300, a que iguala os salários dos policiais do Brasil inteiro àquilo que se paga no Distrito Federal? Pois é… Dilma Rousseff está agora desesperada e quer impedir a sua aprovação. Por quê? Porque ficou estabelecido que a União vai arcar com aquilo que os estados não puderem pagar — ou melhor: seria criado um fundo de compensação, e o governo federal repassaria aos estados o que exceder o valor atualmente gasto com salários.
Vocês se lembram do deputado estadual Major Olimpio (PDT), não?, que chegou a ser cotado para vice de Aloizio Mercadante (PT) na disputa pelo governo de São Paulo. Foi um ativo colaborador da campanha da Dilma. Policiais do Brasil inteiro receberam correspondência afirmando que o tucano José Serra era contra a PEC 300 — logo, entendia-se que Dilma era favorável. Michel Temer, o vice eleito, comprometeu-se com os policiais. Nota: Serra nem havia tocado no assunto.
Mas como é que isso começou? Há até um filme muito instrutivo no Youtube, que já apresento abaixo. Encontraremos o Babalorixá de Banânia no melhor da sua forma, de braços devidamente dados com o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, para elevar os salários dos policiais e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
No dia 8 de maio de 2008, Lula assinou a Medida Provisória 426, que concedia reajuste de 14,2% aos 28 mil policiais militares e bombeiros do DF, extensivo aos que já estavam na reserva. O aumento era retroativo a fevereiro, e o atrasado seria pago numa vez só. O piso dos coronéis da PM passou para R$ 15.224, e o dos soldados, R$ 4.117. Hoje, deve ser maior. Por que por MP? Porque os gastos com segurança, saúde e educação do Distrito Federal são bancados por um Fundo Constitucional. Fez-se uma grande festa em Brasília. Adivinhem quem foi a estrela. Então é chegada a hora de ver o filme, com Lula no melhor da sua forma.
Na prática, como se nota, Lula é o pai da matéria. E vejam como ele gosta de fazer proselitismo em porta de quartel. Ele próprio previu, sindicalista que foi, o óbvio: a reivindicação se estenderia país afora. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) não teve dúvida: apresentou a PEC 300, nacionalizando, então, o piso. Voltem ali ao discurso de Lula. Em 2008, ele ainda não tinha tanta certeza de que Dilma seria eleita. Parece ter certa desconfiança. E já se vê, fora da Presidência, associado aos sindicatos, pressionando o governo federal a fazer o que ele próprio não teria conseguido. E, vocês viram, o Brasil nunca foi tão bom, tão bacana, tão justo, com tanta auto-estima…
Na prática, Lula é o pai da PEC 300, certo? Os policiais devem cobrar o apoio do companheiro, que ajudou a eleger a companheira. A proposta é pagar aos policiais do Brasil inteiro o que se paga no DF e mandar o esperto para o governo  federal.  Lula prometeu adotar essa idéia!
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Dilma quer ganhar mais!

PEC 300 e Dilma!

Diante dos apelos da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) para que a Câmara não vote a chamada PEC 300 - que estabelece piso salarial nacional para policiais e bombeiros -, representantes da categoria prometem intensificar as mobilizações. Segundo o deputado Capitão Assumpção (PSB-ES), líderes policiais devem se reunir nesta terça-feira (9) para traçar estratégias de pressão para votar ainda este ano o segundo turno da PEC 300 no plenário da Câmara.

“Novas mobilizações poderão acontecer para que Temer se comprometa com a votação. Vai ser uma grande batalha”, disse Assumpção, referindo-se ao vice-presidente eleito e presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). “A sensibilização é que vai fazer a diferença. A gente sabe que, apesar de o presidente Temer ter se comprometido com os líderes policiais em São Paulo, ainda na campanha do segundo turno eleitoral, há uma pressão contrária muito forte”, afirmou o deputado, que é capitão da PM do Espírito Santo.

Segundo nota divulgada hoje na coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a presidente eleita Dilma Rousseff fez ontem (8) um apelo ao vice-presidente para que a Casa não aprove a PEC 300. De acordo com o jornal, “para a petista, a aprovação do piso salarial para policiais e bombeiros teria o efeito de ‘abrir a porteira’, deflagrando onda de pressão para que sejam apreciados outros projetos multiplicadores dos gastos públicos”.

O texto-base foi aprovado no último dia 6 de julho, mas falta a análise de destaque e a votação em segundo turno para que a proposta seja enviada ao Senado. Leia: Câmara aprova PEC 300 em primeiro turno

Para Capitão Assumpção, o posicionamento de Dilma sinaliza que promessas de campanha poderão não ser cumpridas. O deputado afirma que, durante a campanha eleitoral, tanto Dilma quanto José Serra (PSDB) falavam em ampliar o investimento na área de segurança pública, entre outras coisas, por meio de “avanços na questão salarial” de policiais e bombeiros.

“O que falavam ‘investimento’, agora virou ‘gasto’. É o mesmo que pregar no deserto. Estamos à beira de uma olimpíada e da Copa do Mundo no Brasil, onde os trabalhos de segurança pública são fundamentais, mas o que se vê é que estão sendo depreciados”, protestou.
Congressoemfoco

Rock in Rio 2011 no Brasil!!!!

domingo, 7 de novembro de 2010

Na calada da noite, avança projeto de deputado do PSDB para censurar internet e quebrar sigilo de internautas

Escrito por: Luiz Carvalho


No início de outubro, em um Congresso Nacional esvaziado enquanto o Brasil discute as eleições, o Projeto de Lei (PL) 84/99 do senador Eduardo Azeredo, do PSDB de José Serra, foi aprovado em duas comissões na Câmara.

Também conhecido como “AI-5 digital”, uma referência ao Ato Institucional nº 5 que o regime militar baixou em 1968 para fechar o parlamento e acabar com a liberdade de expressão, o PL permite violar os direitos civis, transfere para a sociedade a responsabilidade sobre a segurança na internet que deveria ser das
empresas e ataca a inclusão digital.

O projeto de Azeredo passa também a tratar como crime sujeito a prisão de até três anos a transferência ou fornecimento não autorizado de dado ou
informação. Isso pode incluir desde baixar músicas até a mera citação de trechos de uma matéria em um blog.

Conheça os principais pontos do projeto do Azeredo.
1. Quebra de sigilo
Ironicamente, o PL do parlamentar ligado ao partido que se diz vítima de uma suposta quebra de sigilo nas eleições, determina que os dados dos internautas possam ser divulgados ao Ministério Público ou à polícia sem a necessidade de uma ordem judicial. Na prática, será possível quebrar o sigilo de qualquer pessoa sem autorização da Justiça, ao contrário do que diz a Constituição.

2. Internet para ricos
Azeredo quer ainda que os provedores de acesso à Internet e de conteúdo ( serviços de e-mail , publicadores de blog e o Google) guardem o registro de toda a navegação de cada usuário por três anos, com a origem, a hora e a data da conexão.

Além de exemplo de violação à privacidade, o projeto deixa claro: para os tucanos, internet é para quem pode pagar, já que nas redes sem fio que algumas cidades já estão implementando para aumentar a inclusão digital, várias pessoas navegam com o mesmo número de IP (o endereço na internet).

3. Ajudinha aos banqueiros – Um dos argumentos do deputado ficha suja reeleito em 2010 – responde a ação penal por peculato e lavagem ou ocultação de bem –, é que o rastreamento das pessoas que utilizam a internet ajudará a acabar com as fraudes bancárias. Seria mais eficaz que os bancos fossem obrigados a adotar uma assinatura digital nas transações para todos os clientes. Mas, isso geraria mais custos aos bancos e o parlamentar não quer se indispor com eles.

O que acontece agora?
Atualmente, o “PL Azeredo” tramita na Câmara de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara e aguarda a posição do relator Júlio Semeghini, do PSDB-RJ.

A má notícia é que foi esse deputado que garantiu, em outubro de 2009, que o projeto aguardaria o desenrolar dos debates para seguir tramitando. Mas, Semeghini fez o contrário do prometido e tocou o projeto adiante.

Com a provável aprovação, a última alternativa para evitar que vire lei e acabe com a democracia digital no Brasil será o veto do próximo presidente.
Fonte: Clique Aqui